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quinta-feira, 4 de março de 2010

A Valsa da Noite


A noite anuncia-se com a saída
Dos caçadores noturnos,
Olho atentamente pela janela
Um pedaço do céu cair.
Ouço ao longo do caminho uma doce melodia,
Meu coração acompanha essa valsa mortal
Fazendo-me faltar o ar a cada ápice
Da estranha música.
Por fim, vejo-te em suas vestes negras,
Fazendo exuberantes as asas que lhe adornam.
Ah maldito cavaleiro negro,
Tece nas cordas do teu violino
A teia mais fatal de todas;
Ah meu benigno anjo da música,
Danças sobre a neve, enquanto a mesma
Cai a tua volta.
Faz despertar em mim, os mais mundanos desejos.
Me deixa a aspirar pelo o teu toque,
Fazendo-me a tua criança com a frieza
Que domina o teu olhar estonteante.
Oh meu anjo negro, enquanto for meu cavaleiro da música a ti será minha alma.
Quanto a mim, restará apenas a dor.
A dor de te amar em silêncio.

Gabriela Vaz

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