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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Estrelas no chão


Vocês já tiveram vontade de estar bem perto das estrelas? Sem vidros e mecanismos de um avião para separá-los delas, apenas estar cara a cara com uma infinidade de constelações. Eu tive essa oportunidade.

Imaginem um céu repleto de estrelas, que não param de emitir seu brilho incessantemente, e por essas estrelas, passam outras estrelas cadentes. Um verdadeiro show de luzes dessas enormes massas de hidrogênio. Agora se imaginem no topo da montanha mais alta contemplando isso.

Mesmo na montanha mais alta, você não estaria tão perto das estrelas, eu não estava na montanha mais alta, mas consegui vê-las de bem perto. Bem, não era uma montanha, mas era enorme e cheia de água, e foi dentro de uma piscina que tive o contato maravilhoso com o céu.

"Tresloucada!", no mínimo vocês pensariam isso de mim, porém digo-lhes caros amigos, que não é nenhuma alucinação, é verdade. Estava eu em meus rotineiros treinos de natação, quando uma onda de paz me invadiu, adorava me sentir assim quando conseguia manter em harmonia e concentração meus movimentos, minha respiração, e a ondulação da água. Essa onda de paz, me fez esquecer todas as coisas do mundo que me deixam triste, me fez esquecer desejos e futilidades, apenas me fez querer desfrutar daquele momento. Deixei um pequeno sorriso escapar- e engolir um pouco d'água-, quando notei que tudo que me faltava, a natação havia me completado, agora sentia paz e felicidade, eu havia encontrado o meu equilíbrio. E foi nesse estado de frenesi que as vi. Lá no fundo da piscina, havia estrelas, de todas as formas e tamanhos, e elas brilhavam, pareciam dançar uma música confusa, porém, perfeita. Essa era música da água, a música daqueles que respiram e vivem o movimento das águas e o bem que ela nos faz.

Após o treino ri de minha simplicidade. Enquanto os homens buscavam em outros lugares do espaço algo belo e impressionante, visitam outras terras e outros ares, eu me encantara com o simples reflexo da luz no fundo da piscina... Não, eu me encantara com a beleza desse esporte, e das estrelas que ele me mostrou fazendo-me amante de sua singularidade.




Gabriela Vaz

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Razões


Hoje a lua está meia.

Meia inteira, meia cheia,

Meia lua, meia-noite e meia.

Hoje a Lua sou eu.

Meio só, meio triste,

Sem Sol.

O que é à noite sem o dia?

O que é a realidade sem a fantasia?

O que o pé de Lima vaz fazer sem sua menina?

E eu lua meio na minha,

O que vou fazer sem meu sol que

Me trás o dia?

Certamente,

Não existiria.

Gabriela Vaz