Páginas

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Me sinto na faixa de Gaza

Estranho que eu diga isso, mas meus leitores, é verdade.
Sabe, não tenho nada contra ao São João - ou como diria meu Prof. de Física, "Sangiovanni"-, ou a Copa do Mundo. Mas é uma péssima ideia juntar esses dois eventos.

Explicação básica da minha tese:
I- São João é igual a fogos, no Brasil também equivale a encher a cara até ir tomar glicose, significa muitas festas (eu reforço no muitas) , arranjar briga ( hobby do brasileiro) e soltar fogos - não, eu não tenho problema com os fogos-. Lógico que nem todos são assim, tem pessoas que preferem ficar no conforto do lar, ir nadar em algum evento maldito do colégio com um treinador que enche a paciência e faz você ficar com dor de cabeça e às vezes dar uma fugidinha para ir a praia (Né Miny?!).

II- Copa do Mundo, FOGOS quando o Brasil: Entra em campo, toca o hino, começa a jogar, faz gols, termina o 1º tempo, começa o 2º tempo, mais gols e finalmente o termino do jogo. Sem esquecer da bebedeira e os outros fatores normais que acompanha o brasileiro em qualquer festa.

Agora juntemos as explicações: Fogos em dobro, lucro para os vendedores de fogos, lucro para os hospitais com idiotas que não sabem brincar com os fogos e com a galera do coma alcoolico, roubo a cada esquina mais do que o normal e....MUITOS, MUITOS FOGOS!

Por qualquer coisa a galera solta fogos, e quando eu digo qualquer coisa é literalmente qualquer coisa. Às vezes sinto a casa estremecer, começo a pensar se não deveria fazer um abrigo anti-fogos. Sim, eu me sinto na faixa de Gaza - e olha que eles lá ainda tem um alarme, e eu que não tenho e tomo cada susto filho da puta? -.
Ou seja, traduzindo em miúdos.....

ISSO É UMA PUTA FALTA DE SACANAGEM!!!! ( shuhushushusuhsuh)

Beijão Galera, e BORA BRA....a vá pra porra...BORA ALEMANHA! :D

Gabriela Vaz

O leitor


Não declamarei meus versos,
Leia-os.
Ou até decifre-os em meio
Ao silêncio dos meus olhos,
Ao coração que inquieto pulsa
De maneira descontrolada,
Ao sentir a dominância
Do teu cheiro.
Leia-me
Repugnante é a tua soberania,
O teu passar elegante,
Dar-lhe um ar majestoso, sinistro, negro.
Meu violinista,
Leitor dos meus versos,
Dono meu.
Manipulador,
Ou mesmo,
Maldito.
Tomar-lhe-ei em meus braços,
E meus versos irei dizer.
Direi que: sempre passarei
A vida,
Esperando por você.

Gabriela Vaz.

domingo, 27 de junho de 2010

Quarta-feira



É dor, tudo isso que sinto,
É raiva do destino.
Sacana,
Como pode ter sido tão
Impiedoso comigo?
Por que trouxe e longe
Aquele que não posso amar?
Meus olhos cheios de lágrimas,
De água salgada do mar,
Molha meus lábios
Que são mais seus do que meus.
Mais sua,
Molhada, suada,
Mergulho nessa água
Em que nadas.
Fecho os olhos
Teu cheiro me invade,
Teu pisar forte no palco
Mata-me. Deliro.
Maldito,
Biologicamente,
Irresistível.

Gabriela Vaz

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Partitura


Como dizer? Como falar?
Vejo o teu passo silencioso,
Seu olhar furtivo,
Seu maldito sorriso.
Vejo o seu violino,
Que junto com você,
Me joga em um mar de enxofre.
Tudo em você é maligno,
Corpo, meu labirinto.
Como falar do cavaleiro,
Sem dizer do traje negro que lhe veste?
Covardia é falar do palco
Sem lembrar do violinista.
Música tua é tão proibida
Quanto os teus beijos.
A cada nota, toca,
Dedilha,
Surpreendente, magnífico.
Manuseia-se,
O teu violino.

Gabriela Vaz