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domingo, 31 de outubro de 2010

Boca do céu, janela da alma


Sinto o gosto do céu
E o gosto de água.
O céu da boca,
E um pouco das minhas lágrimas.

A boca sente, a boca fala,
Ela cospe e indaga.
A boca é o retrato do homem,
Reproduz o que vem da alma.

A boca ama e beija,
E se desgosta, ela odeia,
Ela é arma que não mata,
Mas causa uma ferida que não se apaga.

A boca rasga e mastiga,
Devora, destila,
Comida ou corpo,
Outra boca amiga.


Gabriela Vaz

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ponte Aérea


Morena poetiza
Do sol da Bahia,
Marina,
Malícia de menina.

Chora morena,
Gotas salgadas
De Amaralina.
Banha os olhos da graúna fina.

Morena de sonhos distantes,
Na mente, reinventa o amor,
Aquele que se esconde aos pés do Redentor.

Poetiza morena
Versos de Salvador.
Singelas palavras de um eterno esplendor.

Gabriela Vaz

sábado, 23 de outubro de 2010

Apenas Uma Resposta


Eu já não sei mais o que lhe dizer.

Meus versos já se foram todos,

Por falta de criatividade

Ou por receio de um sentimento que

Já bem conheço.

E tenho medo.


Viver uma fantasia

De sala de aula todo dia,

É até interessante

Torna tudo um pouco mais provocante.

Mas a verdade, estampada nos meus olhos

É que tudo acabe,

Menos os versos que me invadem.


A verdade, é que da vida, anseio

Dividi-la em pequenas partes,

E que de pelo menos 2/3
Em você se encaixe.

Talvez seja pecado todo esse pensamento,

Mas custo a insistir na carne dos teus lábios,

E suas mãos nas curvas morenas

Das noites serenas,

Do meu insaciável desejo.


Gabriela Vaz

domingo, 17 de outubro de 2010

23h

As ideias fogem da minha mente


É uma água torrente.



São sonhos malevolentes.....




Gabriela Vaz

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cravo e Canela


Senhores, é tal o meu estado de euforia,
Que nem consigo fazer rimas.
Nenhuma!
Nem pobre, e muito menos rica.
Mas vou falar dela,
De Gabriela.

Gabriela não acredita em rimas,
Talvez esqueceu do amor,
Pois naqueles 30 segundos
O seu tempo parou.

Hoje fico devaneando nos segundos
Aquele meio minuto.
Eu não sei bem o que pensar,
Talvez, foram apenas 30 segundos.

Não, não foi apenas um passar qualquer do tempo.
Em um simples olhar,
Concretizou em um suave beijo
Um desejo perigoso,
De um sentimento novo.

Mas Gabriela, acorde!
Viver é melhor do que sonhar,
É só esperar.
Vire a ampulheta,
E os 30 segundos irão voltar.


Gabriela Vaz

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Pico


Desde pequena era viciada,
No papel de cheiro velho,
Nas estantes empoeiradas.
Gostava de livros grossos
Que não lhe diziam nada,
Lia livros finos,
Teve a felicidade sonhada.
Desde pequena se drogou,
Com livros na biblioteca,
Com versos de qualquer autor.
Quando pequena se matou,
Teve overdose de conhecimento,
Abriu os olhos.
Amou, escreveu, dramatizou,
Criticou.
Poetizou.


Gabriela Vaz