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domingo, 19 de agosto de 2012

Minhas verdades

Essa única palavra  me colocou em um pensamento intenso. Lunáticos.
Não, talvez não sejamos tão nefelibatas assim. Ouso dizer que apenas somos pessoas que se atreveram a olhar e pensar além de uma barreira imposta.
Pessoas comuns só veem aquilo que está a sua frente, os que ousam fazer além disso são reprimidos, e ai é que está a divisão entre ser o que a maioria considera
como "loucos" ou pessoas normais. No mundo, sempre foi estranho pensar além, pensar as possibilidades, de ver a lógica. Pessoas assim já foram chamadas de hereges, loucos, doentes, vadios, rebeldes. Poucos de gênios.
É estranho deixar a mediocridade da massa para se tornar alguém, singular e pensante.


É isso :)

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Polícia!


Ele pegou meu beijo,
Matou meus sonhos,
Sequestrou meu coração.
Doutor,
Esqueci quem eu sou,
Mas sei reconhecer a face
Do meu malfeitor.
Imagine o seu retrato:
Não há brilho em seus olhos,
Do corpo
Exala um suave veneno,
E entre a roupa preta
Trás o seu instrumento,
O seu violino.
Mas que cara nojento!
Meus olhos brilham, transbordando
A raiva que sinto deste cavaleiro,
Até do meu nome ele já esqueceu,
Sumiu, escafedeu.
E eu ainda choro ao relento,
Como se ele fosse ouvir os versos
Que escrevo.
Alguém pare esse homem!
- o encontrem!-
Faça-o devolver meus poemas,
O brilho dos meus olhos,
O suor da minha pele,
Eu quero o meu beijo.
Mas antes de sair,
Deixem-no me ouvir,
Maldito,
Eu te amo.

O último poema. Um adeus.


Como é difícil ter um muso
Tão complicado.
Mesmo sendo tão platônicas,
Nunca viu nas minhas brincadeiras
A verdade oculta.
Já pensou em aumentar o grau?
Desculpa se foi chocante,
Mas sempre fui sincera
Nessa brincadeira alucinante,
Mas nada de angustiante.
Seu olhar, meus poemas,
Seu sorriso, meus dilemas.
Que duro é ser poeta exigente!
Pense,
No final, não é que eu queira ser mais uma,
Quero ser, só um final de semana
No teu corpo, tua boca, tua mente,
Teus olhos mentem,
Meu muso
Esquecido para sempre.

Sinuoso


O corpo moreno
Fica pecaminoso
Com os raios do Sol.
Ah, os cabelos negros bailando só.

As curvas que os montes tem,
Nada vencem os mistérios
Do horizonte dos teus olhos.
Vai mais além.

A gaivota passa sobre a minha cabeça,
Me faz voar,
Em quantos versos eu descrevo meu mar?

Mergulho em ti,
Já nem penso em mim.
O prazer os amantes dá-se
No encontro dos corpos errantes.

Pegadas


Piso no chão,
Não,
É areia.
Meus pés esfolheiam.
Cinco passadas
Na praia,
Dez pegadas no chão.
Desfruto o céu azul,
É vem à maré cheia,
E as pegas
Somem da areia.