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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Polícia!


Ele pegou meu beijo,
Matou meus sonhos,
Sequestrou meu coração.
Doutor,
Esqueci quem eu sou,
Mas sei reconhecer a face
Do meu malfeitor.
Imagine o seu retrato:
Não há brilho em seus olhos,
Do corpo
Exala um suave veneno,
E entre a roupa preta
Trás o seu instrumento,
O seu violino.
Mas que cara nojento!
Meus olhos brilham, transbordando
A raiva que sinto deste cavaleiro,
Até do meu nome ele já esqueceu,
Sumiu, escafedeu.
E eu ainda choro ao relento,
Como se ele fosse ouvir os versos
Que escrevo.
Alguém pare esse homem!
- o encontrem!-
Faça-o devolver meus poemas,
O brilho dos meus olhos,
O suor da minha pele,
Eu quero o meu beijo.
Mas antes de sair,
Deixem-no me ouvir,
Maldito,
Eu te amo.

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