domingo, 28 de março de 2010
Queda
As páginas desgastadas de um livro qualquer,
Esvoaçam com a brisa marítima.
Gotas do mar escorrem pelos meus olhos,
Aperto o peito sentindo a
Ponta de prata da flecha atravessar-me o peito.
Flecha do cupido, maldito.
Após fechar-me em minhas sombras e
Começar a desfrutar minha loucura,
Faz descer do céu uma figura formosa,
De belas asas e doces olhos,
Fazendo-me a escória aos seus pés.
Eu! Eu que por muitos sou grandiosa,
Abaixo a cabeça para um ser tão único e belo.
Maldito seja o amor!
No jogo de luz dos teus olhos esmeraldas,
Vejo-me perdida,
E descubro-me apaixonada.
Batendo no peito impregnado com a dor
Pensando se um dia possa lhe perder,
Grito teu nome aos céus
Com os olhos embebecidos pela
Lamuria do amor.
Então vou desfalecendo entre soluços,
Erguendo a mão para o meu anjo
Que volta aos céus,
Sem saber dos meus sonhos,
Sem escutar meus suspiros,
E sem viver um grande amor comigo.
Gabriela Vaz
sexta-feira, 26 de março de 2010
Tempo
Passo noites, passo dias, passo tardes,
Passo.
Passo horas, passo minutos, passo segundos,
Passo.
Passo praças, passo ruas, passo casas,
Passo.
Passo meus passos, passo meus pensamentos,
Meus encantos, meus enganos,
Passo.
Passo passando, passo vivendo, morrendo.
Ganhando, perdendo.
Passo.
Passo por bancos, canteiros, esquinas,
Passo lembrando de uma vida,
Passo sentindo o coração palpitar,
Passo a sentir faltar o ar,
Passo a ver teus verdes olhos
No passar dos meus sonhos.
Deixo de passar para parar.
Parar no calor dos teus braços,
Parar no teu suave beijo.
Parar o tempo ao seu lado,
Para sentir sua respiração devagar,
Parar para ouvir sua voz
Em um timbre arrepiante,
Do amor que há entre nós dois.
Gabriela Vaz
Passo.
Passo horas, passo minutos, passo segundos,
Passo.
Passo praças, passo ruas, passo casas,
Passo.
Passo meus passos, passo meus pensamentos,
Meus encantos, meus enganos,
Passo.
Passo passando, passo vivendo, morrendo.
Ganhando, perdendo.
Passo.
Passo por bancos, canteiros, esquinas,
Passo lembrando de uma vida,
Passo sentindo o coração palpitar,
Passo a sentir faltar o ar,
Passo a ver teus verdes olhos
No passar dos meus sonhos.
Deixo de passar para parar.
Parar no calor dos teus braços,
Parar no teu suave beijo.
Parar o tempo ao seu lado,
Para sentir sua respiração devagar,
Parar para ouvir sua voz
Em um timbre arrepiante,
Do amor que há entre nós dois.
Gabriela Vaz
O chocolate da razão
segunda-feira, 22 de março de 2010
Assim como eu
Quanto tempo demoramos para perceber
O real valor de uma pessoa?
Há quem não perceba,
como há quem veja de primeira.
Mas eu vejo lentamente...
Enquanto o tempo corre, transpassa, percorre,
Vejo coisas muito além de um simples valor.
Vejo uma pessoa jovem assim como eu.
Que está descobrindo aos poucos
O verdadeiro sentido do que muitos
Falam sobre a verdadeira amizade
Assim como eu,
Aprende e ensina coisas sobre a vida,
coisas imperceptíveis que jamais veria
Com ela, sorri, vi, senti,
O que é essa tal coisa de viver a vida.
Em meus pesadelos ela aparece para me ajudar.
Me tira do canto escuro e cura minhas chagas,
As vezes também sou heroi
E derroto todos os vilões de sua mente.
E mesmo em momentos insanos, profanos
Falar sobre fulanos
Permaneceste ao meu lado
Assim como irei permanecer ao teu
Deito na grama e vejo nuvens, penso na sorte que tenho por ter uma pessoa assim.
Sinto cheiro de flores,rosas, cravos, jasmins...
Yasmin.
Gabriela Vaz
domingo, 21 de março de 2010
Violinista
Súbito e lentamente,
Calmo e sufocante,
Enigmático e delirante,
Vens em trajes negros,
Com o olhar silenciador
Silenciando minha vida.
Moribundamente, ouço
Na minha insanidade
Palavras que nunca foram ditas,
Nos sons divinos do teu violino.
Ah meu Anjo da Música,
Em teu riso malicioso,
Alicia-me, vicia-me
Na droga que contém
No teu corpo,
E pelo mesmo
Faz escorrer, transpirar
O pecado.
Por fim terminas a música,
Sai do palco, e sua vida segue
Sem ao menos saber dos
Meus suspiros.
Gabriela Vaz
Calmo e sufocante,
Enigmático e delirante,
Vens em trajes negros,
Com o olhar silenciador
Silenciando minha vida.
Moribundamente, ouço
Na minha insanidade
Palavras que nunca foram ditas,
Nos sons divinos do teu violino.
Ah meu Anjo da Música,
Em teu riso malicioso,
Alicia-me, vicia-me
Na droga que contém
No teu corpo,
E pelo mesmo
Faz escorrer, transpirar
O pecado.
Por fim terminas a música,
Sai do palco, e sua vida segue
Sem ao menos saber dos
Meus suspiros.
Gabriela Vaz
quinta-feira, 18 de março de 2010
Senhores
Caminho durante o alvorecer
Por entre as lápides que jazem frias
Os seus senhores.
A brisa cortante bate no dolorido seio,
Que pálido exala o cheiro do amor de outrora,
Será, Meu Deus, que terei que vagar
Lamúriando minha dor?
Já sem sentido águas salgadas
Molham-me os olhos e banha-me a face.
Os mortos em seu silêncio,
Entoam a canção da mórbida paz.
A virgem de marmóre reza em seu silêncio
O túmulo do seu senhor,
E nele me deito profanando qualquer descanso.
As gotas dos olhos misturam-se
Com as gotas do céu, Compartilho meu corpo
Com os vermes que esperam pela minha paz.
Vejo-o em suas vestes negras,
Seu olhar noturno espera pelo meu
Maçante descanso.
A luz dos meus olhos esvai-se,
Choro no túmulo do senhor da virgem,
Pelo meu senhor do violino.
Por entre as lápides que jazem frias
Os seus senhores.
A brisa cortante bate no dolorido seio,
Que pálido exala o cheiro do amor de outrora,
Será, Meu Deus, que terei que vagar
Lamúriando minha dor?
Já sem sentido águas salgadas
Molham-me os olhos e banha-me a face.
Os mortos em seu silêncio,
Entoam a canção da mórbida paz.
A virgem de marmóre reza em seu silêncio
O túmulo do seu senhor,
E nele me deito profanando qualquer descanso.
As gotas dos olhos misturam-se
Com as gotas do céu, Compartilho meu corpo
Com os vermes que esperam pela minha paz.
Vejo-o em suas vestes negras,
Seu olhar noturno espera pelo meu
Maçante descanso.
A luz dos meus olhos esvai-se,
Choro no túmulo do senhor da virgem,
Pelo meu senhor do violino.
terça-feira, 16 de março de 2010
Butterfly
Por que senhor, fizeste nascer eu,
Humano fraco e ingenuo?
Por que deixaste que este mundo impuro, Mostrasse-me a face sombria do terror, Corrompendo-me e poluindo minha
Pura Alma.
Maldito seja senhor, o destino que me deras, Jogada na sarjeta a disposição dos cães raivosos, Entupidos de arrogância,
Que loucos de fome devoram-me,
E recogitam-me com orgulho.
Nas vielas, escondendo-me da luz,
Para não sofrer com as criaturas
(im) Perfeitas que governam o mundo
Com tanto (des) respeito.
Mas finalmente vou ao encontro da Anciã,
Que com os olhos ternos cuida das minhas feridas, E consola-me das maldades do Deus dos homens. Mas no caminho ainda passo pelas casas
De famílias (des) unidas, vivendo
A verdadeira (in) felicidade e sua (in)compreensão, Mas no entanto, vivem o que se vende pelo Grande Irmão.
Meu sorriso irônico, desmancha-se em um alívio, Do último casulo bastardo abro minhas
honrosas asas,
Rindo de todos ainda que ainda vivem nesse perfeito, lindo e,
Imperceptível caos.
Gabriela Vaz
Humano fraco e ingenuo?
Por que deixaste que este mundo impuro, Mostrasse-me a face sombria do terror, Corrompendo-me e poluindo minha
Pura Alma.
Maldito seja senhor, o destino que me deras, Jogada na sarjeta a disposição dos cães raivosos, Entupidos de arrogância,
Que loucos de fome devoram-me,
E recogitam-me com orgulho.
Nas vielas, escondendo-me da luz,
Para não sofrer com as criaturas
(im) Perfeitas que governam o mundo
Com tanto (des) respeito.
Mas finalmente vou ao encontro da Anciã,
Que com os olhos ternos cuida das minhas feridas, E consola-me das maldades do Deus dos homens. Mas no caminho ainda passo pelas casas
De famílias (des) unidas, vivendo
A verdadeira (in) felicidade e sua (in)compreensão, Mas no entanto, vivem o que se vende pelo Grande Irmão.
Meu sorriso irônico, desmancha-se em um alívio, Do último casulo bastardo abro minhas
honrosas asas,
Rindo de todos ainda que ainda vivem nesse perfeito, lindo e,
Imperceptível caos.
Gabriela Vaz
sábado, 13 de março de 2010
Momento
Sinto-me vazia.
Vazia.
E lentamente uma praga
Vem me retirar a vida.
Amor, que já não sei se existe,
Ou se ainda posso senti-lo.
Incompreensível,
É a vida qual vivo...
Tão cheia de contradições.
Vazio...
É algo agradável que começo a pensar
Para me completar,
Pois é no vazio, que ninguém
Procura nada, é aonde existe silêncio.
É onde o meu grito de dor fica
Abafado pela falta de tudo.
Ausência,
Outra coisa que me completa,
A ausência de luz me enche de escuridão.
A ausência de amor me impede de sofrer.
A ausência de vida, não de deixa morrer.
A ausência do mundo me joga no vazio.
Vazia, jazia o corpo e o coração.
Completai-vos então a razão.
Gabriela Vaz
Kitty - Presença de Amizade
E surge dentre os bosques, a dama pelo qual respiro.
Recito em simples versos a admiração que por ela sinto.
Oh minha dama, corres a beira do lago
Como corres dos perigos que a nós são impostos.
Aos olhos do mundo minhas palavras heregisadas seriam,
Mas aos nossos olhos,
Essas palavras não passam apenas de uma bela e singela
Declaração para uma grande e eterna amizade!
Gabriela Vaz
Recito em simples versos a admiração que por ela sinto.
Oh minha dama, corres a beira do lago
Como corres dos perigos que a nós são impostos.
Aos olhos do mundo minhas palavras heregisadas seriam,
Mas aos nossos olhos,
Essas palavras não passam apenas de uma bela e singela
Declaração para uma grande e eterna amizade!
Gabriela Vaz
sexta-feira, 5 de março de 2010
Canção para Ismália
"Quando Ismália enlouqueceu
Pos-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu
Viu outra lua no mar... "
E foi assim que comecei
A pensar na Ismália
Que mora dentro de mim.
Comecei a contemplar
Essa estranha loucura,
Que me fez amar uma lua
Que nunca poderia ter.
Em um canto fúnebre,
Canto para a Ismália que há em mim,
Estico ruidosamente as asas
Que aos poucos soltam suas penas,
Fazendo apenas restar um esqueleto
De um sonho impossível.
Mas é mais fácil cair do que voar,
Então lua do mar parece
cada vez mais acolhedora.
Debruço sobre o precipício
Existente entre mim e a liberdade minha,
Deixo que corram por meu rosto as lágrimas,
Enquanto canto para a lua do céu,
Suspiro, finalmente vou poder abraça-lo....
" ...Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar."
Gabriela Vaz
Pos-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu
Viu outra lua no mar... "
E foi assim que comecei
A pensar na Ismália
Que mora dentro de mim.
Comecei a contemplar
Essa estranha loucura,
Que me fez amar uma lua
Que nunca poderia ter.
Em um canto fúnebre,
Canto para a Ismália que há em mim,
Estico ruidosamente as asas
Que aos poucos soltam suas penas,
Fazendo apenas restar um esqueleto
De um sonho impossível.
Mas é mais fácil cair do que voar,
Então lua do mar parece
cada vez mais acolhedora.
Debruço sobre o precipício
Existente entre mim e a liberdade minha,
Deixo que corram por meu rosto as lágrimas,
Enquanto canto para a lua do céu,
Suspiro, finalmente vou poder abraça-lo....
" ...Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar."
Gabriela Vaz
quinta-feira, 4 de março de 2010
A Valsa da Noite
A noite anuncia-se com a saída
Dos caçadores noturnos,
Olho atentamente pela janela
Um pedaço do céu cair.
Ouço ao longo do caminho uma doce melodia,
Meu coração acompanha essa valsa mortal
Fazendo-me faltar o ar a cada ápice
Da estranha música.
Por fim, vejo-te em suas vestes negras,
Fazendo exuberantes as asas que lhe adornam.
Ah maldito cavaleiro negro,
Tece nas cordas do teu violino
A teia mais fatal de todas;
Ah meu benigno anjo da música,
Danças sobre a neve, enquanto a mesma
Cai a tua volta.
Faz despertar em mim, os mais mundanos desejos.
Me deixa a aspirar pelo o teu toque,
Fazendo-me a tua criança com a frieza
Que domina o teu olhar estonteante.
Oh meu anjo negro, enquanto for meu cavaleiro da música a ti será minha alma.
Quanto a mim, restará apenas a dor.
A dor de te amar em silêncio.
Gabriela Vaz
Dos caçadores noturnos,
Olho atentamente pela janela
Um pedaço do céu cair.
Ouço ao longo do caminho uma doce melodia,
Meu coração acompanha essa valsa mortal
Fazendo-me faltar o ar a cada ápice
Da estranha música.
Por fim, vejo-te em suas vestes negras,
Fazendo exuberantes as asas que lhe adornam.
Ah maldito cavaleiro negro,
Tece nas cordas do teu violino
A teia mais fatal de todas;
Ah meu benigno anjo da música,
Danças sobre a neve, enquanto a mesma
Cai a tua volta.
Faz despertar em mim, os mais mundanos desejos.
Me deixa a aspirar pelo o teu toque,
Fazendo-me a tua criança com a frieza
Que domina o teu olhar estonteante.
Oh meu anjo negro, enquanto for meu cavaleiro da música a ti será minha alma.
Quanto a mim, restará apenas a dor.
A dor de te amar em silêncio.
Gabriela Vaz
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