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terça-feira, 16 de março de 2010

Butterfly


Por que senhor, fizeste nascer eu,
Humano fraco e ingenuo?

Por que deixaste que este mundo impuro,
Mostrasse-me a face sombria do terror, Corrompendo-me e poluindo minha
Pura Alma.
Maldito seja senhor, o destino que me deras, Jogada na sarjeta a disposição dos cães raivosos, Entupidos de arrogância,
Que loucos de fome devoram-me,

E recogitam-me com orgulho.

Nas vielas, escondendo-me da luz,

Para não sofrer com as criaturas

(im) Perfeitas que governam o mundo
Com tanto (des) respeito.

Mas finalmente vou ao encontro da Anciã,
Que com os olhos ternos cuida das minhas feridas,
E consola-me das maldades do Deus dos homens. Mas no caminho ainda passo pelas casas
De famílias (des) unidas, vivendo

A verdadeira (in) felicidade e sua (in)compreensão,
Mas no entanto, vivem o que se vende pelo Grande Irmão.
Meu sorriso irônico, desmancha-se em um alívio, Do último casulo bastardo abro minhas
honrosas asas,

Rindo de todos ainda que ainda vivem nesse perfeito, lindo e,
Imperceptível caos.



Gabriela Vaz

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