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domingo, 31 de outubro de 2010

Boca do céu, janela da alma


Sinto o gosto do céu
E o gosto de água.
O céu da boca,
E um pouco das minhas lágrimas.

A boca sente, a boca fala,
Ela cospe e indaga.
A boca é o retrato do homem,
Reproduz o que vem da alma.

A boca ama e beija,
E se desgosta, ela odeia,
Ela é arma que não mata,
Mas causa uma ferida que não se apaga.

A boca rasga e mastiga,
Devora, destila,
Comida ou corpo,
Outra boca amiga.


Gabriela Vaz

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