Páginas

segunda-feira, 28 de junho de 2010

O leitor


Não declamarei meus versos,
Leia-os.
Ou até decifre-os em meio
Ao silêncio dos meus olhos,
Ao coração que inquieto pulsa
De maneira descontrolada,
Ao sentir a dominância
Do teu cheiro.
Leia-me
Repugnante é a tua soberania,
O teu passar elegante,
Dar-lhe um ar majestoso, sinistro, negro.
Meu violinista,
Leitor dos meus versos,
Dono meu.
Manipulador,
Ou mesmo,
Maldito.
Tomar-lhe-ei em meus braços,
E meus versos irei dizer.
Direi que: sempre passarei
A vida,
Esperando por você.

Gabriela Vaz.

Nenhum comentário: