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domingo, 27 de junho de 2010

Quarta-feira



É dor, tudo isso que sinto,
É raiva do destino.
Sacana,
Como pode ter sido tão
Impiedoso comigo?
Por que trouxe e longe
Aquele que não posso amar?
Meus olhos cheios de lágrimas,
De água salgada do mar,
Molha meus lábios
Que são mais seus do que meus.
Mais sua,
Molhada, suada,
Mergulho nessa água
Em que nadas.
Fecho os olhos
Teu cheiro me invade,
Teu pisar forte no palco
Mata-me. Deliro.
Maldito,
Biologicamente,
Irresistível.

Gabriela Vaz

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