Páginas

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Aurora dos Olhos


O ponteiro gira freneticamente
Em seu elo.
Gira apontando como uma flecha que
Aponta meu caminho,
Apontando pessoas e desilusões.
É lançada feito uma bala
Acertando meu coração.
Enquanto meu sangue se esvai
E minha tez perde a cor,
Em meus lábios quase imóveis
Balbucio uma palavra,
Palavra esta, que no seu lento pronunciar
Faz o meu desfalecido coração
Bater mais uma vez.
Dos meus olhos não se vê mais brilho,
Pois assim como a palavra o dono dela se foi,
Levando o resquício de vida em mim.
O murmúrio pergunta o que minha morta boca diz,
Ninguém sabe.
Mas um cavaleiro de negro mantém guardado no peito a resposta.
Leva no peito o brilho dos meus olhos.
Que palavra divina é essa?
Palavra pelo qual o dono eu suplico a volta.
O teu nome.

Gabriela Vaz

Nenhum comentário: