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terça-feira, 13 de abril de 2010

Humanas e Exatas


Palavras voam soltas em minha mente
Misturadas a emoções confusas.
E assim nascem os versos.
Tua música invade-me,
Domina minha mente, minhas mãos
Soam, transpiram, sentem.
E o poeta indignado pergunta,
“Então o que é o amor?”
E essa pergunta colide violentamente
Com todos os meus pensamentos,
Afoga-me em maiêutica.
Maldito Sócrates.
E ao ver Platão,
Aos poucos tudo vai ganhando,
Módulo, direção e sentido.
O vetor da loucura,
É o universo do evento da paixão
Faz-me liberar a imensa entalpia do amor,
Que finalmente foi liberada em pirólise.
Mas que estrelas irei ouvir caro Bilac?
Apenas me vejo espelhada nos versos de Ismália.
E na seleção natural, entre tantos fui escolhida
Para sobreviver e viver a dor,
Transcrevê-la em versos que gastam todo
O meu carboidrato.
Descubro então, que o amor nada mais é,
Que olhar a luz fria dos seus olhos dominadores;
Que sentir o teu forte afago coberto de desejo;
Que fazer anáforas em um poema romântico.
Que dizer, eu te amo, cada vez que o vejo.


Gabriela Vaz

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