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terça-feira, 20 de abril de 2010

Desconstrução


Ando sem muitas esperanças
Buscando os braços de alguém
Que eu não sei bem ao certo se existe.
Ou se pelo menos sabe que eu existo.
Caminhava.
Ao meu rosto,
Não se dá mais o luxo
De lágrimas lavarem-lhe os pecados.
Deito sem muitas esperanças
De sonhar com algo,
Ou sonhar com um futuro,
Que por sinal, é mais ridículo que,
Sonhar que o mundo tem salvação.
Dormia.
Apenas sombras,
Não há luz na minha rotina
De descansar o corpo.
Minha ama privou-se de viver, de sentir,
De sonhar.
Mas não parou de pensar.
Tornei-me máquina de razões,
Um vilão, o tridente do mal,
Sou Eva, Éris, Eros.
Eu sou o amor.


Gabriela Vaz

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