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sábado, 6 de novembro de 2010

Porque dói


Por que as partidas doem tanto?
Não são por causa do pranto
Que tanto te abalam.
São por causa dos momentos
Que por fim acabam.

A dor não é saber que
Estás longe,
O que me aflige
É a casa vazia
Minha vida vadia.

O que dói não é a partida,
Mas as lembranças,
Que te deixam ao meu lado sorrindo
Enquanto estava mentindo,
E agora, sumindo.

Na sucessão, vejo o violino quebrando,
As cordas partindo,
O arco destruído.
Eu choro muito,
Mas você nunca esteve aqui
Para secar meu pranto.

E do mesmo jeito que veio, se vai.
Terminou sua ópera com maestria,
Foi muita covardia.
Porém, esse adeus da partida, fica só nos gestos,
Pois nos meus versos,
Você ainda é o meu sucesso.


Gabriela Vaz

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