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sexta-feira, 30 de julho de 2010

Bom Pesadelo


Rasgo-lhe a roupa negra,
A pele branca.
Tomo-lhe o suor
Como elixir, divino veneno.
Da tua boca louca,
A saliva na tua fria língua
Percorrem as taças.
Brindemos.
Numa ondulação
Arfa minha respiração,
No silêncio do quarto escuro
Ouço a luz tênue do teu violino,
Meus orbes castanhos arregalados
Tentam juntar os fatos com a emoção.
Mentira,
Tudo fora minha imaginação.
Sonho ou pesadelo?
Sendo de você, meu cavaleiro negro,
Custo acreditar que tenha sido algo bom,
Pois só faz aumentar
A dor da saudade.

Gabriela Vaz

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